A Rádio Ecclésia, conseguiu antes do final do ano, mesmo nas últimas 48 horas , liquidar os três meses de salários em atraso que tinha com os seus trabalhadores.
A Valeu o sprint e esforço da direcção da Emissora Católica, para inviabilizar que as dívidas do passado (2015) transitassem para este novo ano. Parabéns!
Assim, ganharam todas as partes e com este gesto, pode ter sido lançado um sinal claro de mudança, para melhor. Auguramos, que assim seja, pois os sinais são de fortes e exigentes desafios, para todos os cidadãos e sectores da economia e sociedade.
A crise invadiu todos os espaços e com isso a dificuldade não vai deixar de andar por perto de cada um, pelo que só a inteligência e a humildade serão capazes de evitar a hecatombe e outras convulsões sociais e profissionais.
Em todo este tempo houve ponderação e descrição das partes, para vencer um dos momentos mais dramáticos da vida da Rádio Católica, que se deve louvar.
A solidariedade externa, de colegas de profissão e das associações da sociedade civil, nomeadamente; Amplo Movimento de Cidadãos (AMC), Associação Mãos Livres e Open Society, que empreenderam uma campanha para recolha de fundos, são o sinal de uma chama que não se deve apagar quando um de nós está em crise.
“Agora, urge revitalizar forças para a nova caminhada, cônscios de que a direcção e os trabalhadores terão aprendido e tirado as devidas lições”, disse um jornalista da Ecclésia, acrescentando “é hora da CEAST para de tratar a rádio como um parente menor. Não se admite que os evangélicos consigam manter os seus órgãos de comunicação social e nós, que somos a maior comunidade cristã, não”.
“Não podemos nem devemos continuar com a mão estendida às migalhas do Estado, sob pena de humilhação e dependência. A Rádio deve ser livre. Deve defender os pobres, como apela o Papa Francisco. Os nossos milhões de fiéis estão dispostos a contribuir para a rádio e não devemos desprezar essa contribuição”, concluiu.
Foto: Entrega de bens, na altura do Natal, por parte das organizações que se solidarizaram com os trabalhadores.